O que é importação empresarial?

O que é importação empresarial?

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O que é importação empresarial?

Importação empresarial é o processo pelo qual empresas compram produtos de fornecedores estrangeiros para revenda ou uso em sua produção. É uma estratégia que permite acesso a maior variedade de produtos com preços competitivos.

Diferente da importação pessoal, a empresarial exige conhecimento de legislação, documentação específica e processos aduaneiros.

Quer otimizar sua operação? Considere a importação empresarial simplificada.

Este modelo terceiriza os trâmites burocráticos para especialistas que cuidam de tudo – da negociação ao desembaraço aduaneiro.

Os benefícios são claros:

  • Acesso a fornecedores confiáveis
  • Redução significativa de custos
  • Personalização de produtos
  • Eliminação das barreiras de comunicação
  • Processos aduaneiros mais ágeis

A diferença de preço pode chegar a 78% comparado ao mercado local. Vale a pena considerar?

Diferenças entre importação e exportação

Importação e exportação são processos complementares no comércio internacional. Enquanto a importação traz produtos de outros países para dentro das nossas fronteiras, a exportação envia nossos produtos para fora.

A principal diferença? O fluxo das mercadorias e as responsabilidades envolvidas.

Na importação, você adquire produtos estrangeiros, assumindo custos de frete internacional, desembaraço alfandegário e armazenagem. Já na exportação, você envia seus produtos para compradores no exterior.

Existem ainda as modalidades direta e indireta. Na importação direta, a empresa negocia diretamente com o fornecedor estrangeiro. Na indireta, utiliza-se um intermediário nacional.

Cada processo tem suas próprias regras fiscais, tributárias e documentais. Entender essas diferenças é essencial para quem deseja expandir horizontes comerciais além das fronteiras nacionais.

Tipos de importação para empresas

Existem três principais tipos de importação que empresas podem adotar no Brasil: importação direta, por conta e ordem de terceiros, e por encomenda.

Na importação direta, sua empresa assume todo o processo, desde a negociação até o desembaraço aduaneiro, utilizando recursos próprios e sendo o destinatário final do produto.

Já a importação por conta e ordem utiliza uma trading como intermediária. Você identifica o fornecedor e o produto, mas terceiriza a burocracia e o processo alfandegário, ainda que os recursos sejam seus.

Na importação por encomenda, a intermediária usa recursos próprios para adquirir o produto e, após nacionalizá-lo, revende para sua empresa conforme contrato prévio.

Qual modelo escolher? Depende da sua estrutura, conhecimento em comércio exterior e volume de importações. Cada modalidade tem suas vantagens e requisitos específicos.

O processo de importação empresarial passo a passo

Importar produtos exige planejamento meticuloso. O processo começa com a legalização da empresa e habilitação no Siscomex, sistema que controla o comércio exterior brasileiro.

Antes de iniciar, verifique se seu CNPJ está regularizado e inclua importação no objeto social da empresa.

Escolha fornecedores confiáveis. Não economize tempo nessa etapa – parceiros duvidosos podem causar prejuízos imensos.

Elabore uma planilha de custos detalhada. Inclua frete internacional, seguro, taxas, impostos e despesas bancárias. Isso determina a viabilidade do negócio.

Verifique se seu produto necessita de Licenciamento de Importação (LI). Alguns itens exigem essa autorização prévia.

Prepare a documentação: Conhecimento de Embarque, Fatura Comercial, Certificado de Origem e outros documentos específicos dependendo da mercadoria.

Lembra que cada tipo de importação tem suas regras. Você pode importar por conta própria, por encomenda ou via trading.

E você, já começou seu planejamento de importação?

O que é importação simplificada e quando utilizá-la

Importação simplificada é um processo de compra internacional limitado a US$3.000 (incluindo frete), ideal para pessoas físicas e pequenas empresas que precisam importar com menos burocracia.

O transporte é feito por via aérea através dos Correios ou empresas de remessa expressa (couriers), como FEDEX, DHL e UPS, tornando o processo mais rápido que a importação tradicional.

Para usar este método, é preciso atentar que nem todos os produtos podem ser importados desta forma, especialmente aqueles que exigem licença de importação.

A tributação é simplificada: 60% sobre o valor aduaneiro (mercadoria + frete + seguro), independente da classificação fiscal do produto. Além disso, incide o ICMS do estado importador.

Quando utilizar? Ideal para compras pessoais ou para pequenas empresas que não precisam de grandes volumes. É perfeito para quem busca praticidade, mas lembre-se: para pessoas físicas, a quantidade e frequência não podem caracterizar comércio.

O documento principal é a Declaração Simplificada de Importação (DSI), que pode ser eletrônica ou em formulário, dependendo do valor da compra.

Fluxograma do processo de importação

O fluxograma do processo de importação mapeia as etapas essenciais para trazer produtos do exterior para o Brasil. Começa com o planejamento e negociação com fornecedores internacionais.

Na sequência, vem o pagamento antecipado e produção dos itens solicitados. O fornecedor geralmente exige um valor inicial para iniciar a fabricação.

O pré-despacho inclui o envio de instruções de embarque e contratação do frete internacional. É uma etapa crucial para o sucesso da operação.

Após o carregamento, documentos originais como Fatura Comercial e Packing List são emitidos. Com a mercadoria em trânsito, o importador prepara o numerário para impostos.

Quando a carga chega ao Brasil, ocorre o despacho aduaneiro, seguido da emissão da Nota Fiscal de Entrada e transporte final. O processo termina com o fechamento de custos e arquivamento da documentação.

Como iniciar a importação após selecionar um fornecedor estrangeiro

Após selecionar um fornecedor estrangeiro, você precisa registrá-lo no módulo Operador Estrangeiro do Portal Único Siscomex. Esse é o primeiro passo essencial para iniciar sua importação.

Acesse o sistema com seu certificado digital e perfil Gestor no Catálogo de Produtos. Clique em "Operador Estrangeiro" e depois em "Incluir".

Preencha os dados obrigatórios: país, nome e informações de contato. O número de identificação (TIN) do fornecedor, embora opcional, é altamente recomendado por facilitar processos futuros.

Após salvar o operador, ele receberá situação "Ativado" automaticamente na Versão 1.

O próximo passo é cadastrar o produto no Catálogo de Produtos, vinculando-o ao operador estrangeiro registrado.

Lembre-se: esse processo pode ser feito antes ou durante o registro da Declaração Única de Importação (Duimp), mas é essencial para prosseguir com a operação.

Quer agilizar o processo? Experimente a função "Importar" para carregar vários operadores de uma só vez.

Regulamentações de importação no Brasil

Importar para o Brasil exige conhecimento das regulamentações específicas que protegem o mercado nacional. O processo começa com a classificação de produtos sob a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM).

Este código determina impostos e requisitos específicos para cada item.

Produtos como medicamentos, cosméticos e alimentos precisam de Licença de Importação emitida por órgãos como ANVISA, IBAMA e MAPA.

Um ponto crucial: apenas empresas brasileiras podem obter o RADAR – registro obrigatório para operações de importação no sistema aduaneiro.

Os impostos incluem II (Imposto de Importação), IPI, PIS/COFINS e ICMS, variando conforme a classificação do produto.

Está pensando em importar? Considere parceiros locais. Eles conhecem os meandros do sistema e podem economizar tempo e recursos consideráveis.

A burocracia pode parecer desafiadora, mas com planejamento adequado, as oportunidades no maior mercado da América Latina compensam o esforço.

Documentos necessários para importação empresarial

Para importar como empresa, você precisa reunir documentação específica e seguir procedimentos legais. Os principais documentos incluem CNPJ regular, inclusão da atividade de importação no objeto social e habilitação no SISCOMEX (RADAR).

É essencial também o conhecimento de embarque, fatura comercial, certificado de origem (para acordos internacionais) e certificado fitossanitário quando exigido.

Antes de iniciar o processo, verifique sua situação cadastral na Receita Federal e contrate um despachante aduaneiro para auxiliar nos trâmites.

Para importações acima de US$ 3 mil, você precisará obter o Licenciamento de Importação (LI) quando exigido pelo sistema SISCOMEX.

Não se esqueça de elaborar uma planilha de custos incluindo impostos, taxas e despesas logísticas para calcular a viabilidade financeira da operação.

O planejamento detalhado é fundamental para evitar problemas durante o desembaraço aduaneiro e garantir que sua importação seja bem-sucedida.

Custos e tributação na importação empresarial

Importar produtos traz diversos custos além do valor da mercadoria. Os tributos são o principal fator que eleva o preço final da importação empresarial.

No Brasil, vários impostos incidem sobre produtos importados. O Imposto de Importação (II) é calculado sobre o valor aduaneiro e varia conforme a classificação NCM do produto.

Outros tributos relevantes incluem PIS/PASEP (1,65%), COFINS (7,6%), IPI e ICMS - este último variando por estado, geralmente entre 17% e 19%.

O cálculo tributário começa pelo valor aduaneiro (preço + frete + seguro). A fórmula básica do II é: Valor aduaneiro × Alíquota NCM.

Compreender essa tributação é essencial para prever custos reais e manter a conformidade legal nas operações internacionais.

Já pensou em utilizar sistemas especializados para gerenciar esses custos? Eles podem simplificar significativamente esse processo complexo.