O que é operação de fusão e aquisição?

O que é operação de fusão e aquisição?

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O que é operação de fusão e aquisição?

Operação de fusão e aquisição (M&A) representa a união de empresas para formar novos negócios ou aumentar competitividade no mercado.

Na fusão, duas empresas se unem para criar uma nova organização com CNPJ próprio. Já na aquisição, uma empresa compra outra, mantendo CNPJs separados.

Por que empresas fazem isso?

Para crescer mais rápido, diversificar mercados e reduzir riscos. O Itaú Unibanco é um exemplo clássico de fusão bem-sucedida no Brasil.

O processo envolve etapas como:

  • Análise inicial e preparação
  • Valuation (avaliação do valor das empresas)
  • Due diligence (investigação detalhada)
  • Verificação jurídica
  • Reorganização societária
  • Fechamento do negócio

O sucesso de uma M&A depende da compatibilidade entre as empresas, solidez financeira e potencial de crescimento conjunto no mercado.

Diferenças entre fusão e aquisição de empresas

Fusões e aquisições, embora relacionadas, são operações distintas no mundo corporativo. Na fusão, duas ou mais empresas se unem para criar uma nova entidade, enquanto na aquisição, uma organização compra outra.

Ambas visam crescimento estratégico, mas seguem caminhos diferentes.

Nas fusões, há uma combinação de forças em que empresas anteriores deixam de existir para formar algo novo. Pense no Itaú-Unibanco como exemplo clássico brasileiro.

Já nas aquisições, a estrutura de poder é clara: uma empresa permanece no controle após comprar outra.

Essas operações podem ser classificadas como horizontais (entre concorrentes), verticais (empresas da mesma cadeia produtiva), concêntricas (setores complementares) ou conglomerados (diferentes ramos).

O processo envolve análises complexas, negociações e due diligence rigorosa. Exige atenção à legislação e órgãos reguladores como CADE e CVM.

Tipos de operações de fusão e aquisição

As fusões e aquisições (M&A) se dividem em cinco tipos principais: horizontais, verticais, conglomerados, concêntricas e reversas.

As horizontais ocorrem entre empresas do mesmo setor, como quando o Facebook adquiriu Instagram e WhatsApp, ampliando seu domínio nas redes sociais.

Já as verticais envolvem empresas em diferentes estágios da cadeia produtiva. A IKEA comprando florestas na Romênia exemplifica esta estratégia.

As conglomeradas unem empresas sem relação direta, como a Amazon adquirindo a Whole Foods, expandindo para um setor completamente diferente.

As concêntricas combinam empresas com produtos complementares, como a fusão Heinz-Kraft, unindo portfólios alimentícios similares.

Por fim, as reversas permitem que empresas privadas abram capital rapidamente ao fundirem-se com companhias já listadas em bolsa, como fez o Burger King com a Justice Holdings.

Exemplos de fusão e aquisição de empresas no Brasil

O Brasil testemunhou importantes fusões e aquisições nos últimos anos. A Natura comprou a Avon em 2019, formando a quarta maior empresa de cosméticos do mundo, com faturamento anual superior a 10 bilhões de dólares.

No setor varejista, o Magazine Luiza adquiriu a Netshoes e a Estante Virtual, diversificando seu portfólio para além de eletrônicos.

O mercado de shopping centers viu a fusão entre Aliansce e Sonae Sierra Brasil, criando a maior empresa do país em número de shoppings sob gestão.

No segmento farmacêutico, a Raia Drogasil comprou a Onofre da americana CVS, consolidando sua liderança.

Nas telecomunicações, a América Móvil (Claro) adquiriu a Nextel por 905 milhões de dólares.

Já no setor de alimentação, a IMC incorporou a MultiQRS, detentora das franquias Pizza Hut, KFC e Taco Bell no Brasil.

Essas transações refletem a constante busca por consolidação e ampliação de mercado entre empresas brasileiras.

O que é M&A (Mergers and Acquisitions)?

M&A é a abreviação de Mergers and Acquisitions, que significa Fusões e Aquisições em português. Representa operações societárias onde empresas se unem ou são compradas para criar novos negócios ou aumentar competitividade.

Nas fusões, duas empresas se unem para formar uma nova organização com novo CNPJ. Nas aquisições, uma empresa compra outra (total ou parcialmente), mantendo ambas separadas juridicamente.

Existem diversos tipos de M&A:

  • Horizontal: entre empresas do mesmo segmento
  • Vertical: entre empresas da mesma cadeia produtiva
  • Conglomerado: entre empresas de setores diferentes
  • Complementar: entre empresas com produtos complementares

Por que fazer M&A? Para diversificar mercados, aumentar receitas, reduzir custos, enfrentar crises e expandir para novos segmentos.

O processo envolve análise inicial, valuation (avaliação do valor da empresa), due diligence (investigação detalhada), verificação jurídica e reorganização societária antes do fechamento final.

Processo de fusão e aquisição: etapas principais

O processo de fusão e aquisição segue etapas bem definidas que garantem uma transação bem-sucedida. Tudo começa com o valuation, onde se determina o valor real da empresa baseado em dados financeiros concretos, não apenas estimativas de faturamento.

Em seguida, elabora-se o Memorandum of Understanding (MOU), documento que registra as intenções e termos preliminares, incluindo valores, prazos e condições de pagamento.

A due diligence é o momento de investigação detalhada. Aqui, analisa-se minuciosamente aspectos legais, contábeis, tributários e trabalhistas da empresa-alvo. Encontrou passivos ocultos? Problemas fiscais? Tudo vem à tona.

Depois vem a negociação, quando ajustes são feitos com base nas descobertas anteriores. Por fim, elaboram-se os acordos societários, formalizando o contrato final.

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Vantagens e desvantagens das operações de fusão e aquisição

Fusões e aquisições trazem vantagens significativas como ganho rápido de mercado, acesso a novas tecnologias e diversificação de negócios. Para vendedores, representam chance de liquidez patrimonial e solução para ausência de sucessores.

Porém, existem riscos consideráveis.

Compradores podem enfrentar passivos ocultos e diferenças culturais que comprometem sinergias esperadas. Vendedores podem perder poder de gestão ou enfrentar restrições competitivas temporárias.

É um jogo de xadrez empresarial onde cada movimento importa.

Antes de assinar qualquer contrato, ambas as partes precisam avaliar minuciosamente os prós e contras. Uma due diligence bem executada é fundamental para revelar contingências escondidas.

Você já considerou como a cultura organizacional pode impactar o sucesso da operação?

O preparo adequado faz toda diferença entre criar valor ou destruí-lo nestas complexas transações.

Aspectos legais em processos de fusão e aquisição

Fusões e aquisições envolvem um complexo conjunto de requisitos legais que precisam ser cuidadosamente navegados. Não é apenas assinar papéis e fechar negócio.

A due diligence é inegociável. Sem uma análise profunda dos aspectos legais, financeiros e operacionais, você caminha às cegas.

Questões antitruste também não podem ser ignoradas. Concentrações de mercado excessivas atraem a atenção dos órgãos reguladores e podem barrar sua transação.

Escolher a estrutura correta – fusão, aquisição de ações ou de ativos – impacta diretamente nas implicações tributárias e responsabilidades futuras.

E seus stakeholders? Acionistas, funcionários e credores têm direitos que precisam ser respeitados durante todo o processo.

Cada setor tem suas próprias regulamentações. Áreas como finanças, saúde e telecomunicações exigem aprovações específicas.

Vale lembrar: documentação precisa é sua proteção. Contratos mal elaborados podem transformar uma oportunidade de ouro em um pesadelo jurídico.

Diferenças entre cisão, fusão e incorporação de empresas

Cisão, fusão e incorporação são operações societárias com diferenças fundamentais.

Na fusão, duas ou mais empresas unem seus patrimônios, criando uma nova entidade jurídica enquanto as originais deixam de existir.

Já na incorporação, uma empresa absorve completamente outra, assumindo todos seus direitos e obrigações. A incorporada desaparece, mas a incorporadora mantém sua personalidade jurídica.

A cisão ocorre quando uma empresa transfere parte ou todo seu patrimônio para outra(s). Pode ser total (a empresa cindida é extinta) ou parcial (continua existindo com patrimônio reduzido).

Qual operação escolher? Depende do seu objetivo estratégico: crescimento acelerado, foco no core business ou resolução de conflitos entre sócios.

Cada operação tem implicações diferentes quanto a patrimônio, sociedade e extinção das empresas envolvidas.

Como avaliar o sucesso de uma operação de fusão e aquisição

Avaliar o sucesso de uma fusão ou aquisição exige análise de múltiplos fatores além dos números financeiros imediatos.

Comece verificando se os objetivos estratégicos iniciais foram alcançados. Expansão de mercado? Aquisição de tecnologia? Eliminação de competidor? Compare os resultados com as metas originais.

Examine a integração cultural. As equipes estão trabalhando harmoniosamente ou existe resistência? A produtividade melhorou ou piorou?

Os indicadores financeiros não mentem. Analise margens de lucro, receitas combinadas e sinergias de custo realizadas versus as projetadas.

E quanto à retenção de talentos? Perdeu funcionários-chave no processo?

Pergunte: a operação criou valor real para os acionistas a médio prazo?

Lembre-se que o sucesso raramente é imediato. Algumas fusões mostram resultados completos apenas após 18-24 meses.

Monitore continuamente. Ajuste estratégias conforme necessário. Aprenda com cada etapa.